Instrumentos técnicos de intervenção para as equipes de saúde que atuam com pessoas em situação de acumulação
Resumo
Este estudo trata da questão do Transtorno de Acumulação e dos riscos que a situação
de acumulação pode trazer para a vida da pessoa com TA. As principais características
desse transtorno expressa-se no sofrimento psíquico em descartar objetos, acumulação
e aquisição obsessiva. Devido a esta condição, as pessoas com TA podem sofrer sérios
prejuízos sociais, ocupacionais e funcionais. Haja visto a dificuldade que as equipes de
saúde possuem na identificação, classificação de risco e atuação das pessoas em
situação de acumulação, objetivou-se neste trabalho desenvolver instrumentos técnicos
de intervenção que possibilitem ações específicas para essa população. Este trabalho
consiste em uma pesquisa documental e bibliográfica, consultada em prontuários de
saúde e em pesquisas nacionais e internacionais. Estudos indicam que o transtorno de
acumulação prevalece entre 1,5% e 2,1% na população em geral, podendo chegar a
6% ou mais na população idosa. Com a classificação de risco para a situação de
acumulação, as equipes de saúde podem compreender melhor o nível de gravidade do
acúmulo, intervenções enquanto a pessoa estiver apresentando poucos riscos e
prejuízos podem promover saúde e prevenir o agravamento da sua condição. O
desenvolvimento de protocolo de tratamento específico para a TA possibilitaria
melhores resultados e também diminuiria a probabilidade de abandono do mesmo. Por
se tratar de uma questão de saúde pública, é necessário haver mais pesquisas
nacionais, criar estratégias tanto setoriais quanto intersetoriais de intervenção visando
sempre uma melhor qualidade de vida, bem-estar e reinserção social da pessoa em
situação de acumulação.
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