Acesso a atenção primária na tríplice fronteira sob a ótica do brasileiro não residente no país

Palavras-chave: Acesso aos Serviços de Saúde, Atenção Primária à Saúde, Enfermagem

Resumo

O acesso a serviços de saúde geograficamente limitado pela fronteira entre três países, faz com que a busca por cuidados, de brasileiros residentes no Paraguai ou na Argentina seja um desafio. O objetivo do estudo foi descrever como ocorre o acesso na atenção primária à saúde de brasileiros não residentes no país. Pesquisa qualitativa, exploratória, do tipo estudo de caso, utilizando-se o referencial do materialismo histórico. A coleta de dados foi realizada por meio de treze entrevistas semiestruturadas com usuários da atenção primária do município de Foz do Iguaçu e a análise dos dados foi temática. Os resultados indicam facilidade no acesso e limitada progressão na rede de cuidados. Mudanças no processo de trabalho necessitam ocorrer para que as linhas de cuidado não sejam interrompidas ou hajam barreiras que impeçam o encontro do usuário com o seu cuidado de saúde.

 

Biografia do Autor

Beatriz Rosana Gonçalves de Oliveira Toso, Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Doutorado em Ciências. Pós-doutorado Atenção Primária. Docente Área Saúde do Neonato, da Criança e do Adolescente. Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Referências

1 Ayres JRCM. Cuidado: trabalho, interação e saber nas práticas de saúde. Rev baiana enferm. 2017;31(1):e21847.
2 Giovanella L, Almeida PF. Atenção primária integral e sistemas segmentados de saúde na América do Sul. Cad. Saúde Pública. 2017;33(Sup 2):e00118816.
3 Gambetta LC, Buche P. Os fatores que contribuíram para a migração brasileira no Paraguai. 100 Fronteiras. 2016;131:38.
4 Brasil, Ministério das Relações Exteriores. Estimativas populacionais das comunidades. Tabela de Estimativas de Brasileiros no Mundo 2014. Disponível em: http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/a-comunidade/estimativas-populacionais-das-comunidades/estimativas-populacionais-brasileiras-mundo-2014/Estimativas-RCN2014.pdf. Acesso em: 11 Jun 2018.
5 Frasson M, Schlosser MTS. Fronteiras na fronteira: a trajetória dos migrantes brasiguaios e a influência econômico-jurídico-político-ideológica dos Estados nacionais (BR e PY), a origem do aluno brasiguaio. Caderno de Geografia. 2015; 25(44):70-96.
6 Foz do Iguaçu, Secretaria Municipal da Saúde. Relatório Anual de Gestão 2015. [acesso 2017 Jan 6]. Disponível em: http://www.pmfi.pr.gov.br/ArquivosDB?idMidia=97328.
7 Brasil, Ministério da Saúde. Portaria nº 2436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2017 [acesso 2018 Fev 2]~. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html.
8 Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: UNESCO/Ministério da Saúde; 2002.
9 Fontanella BJB, Ricas J, Turato E R. Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cad. Saúde Pública. 2008;24(1):17-27.
10 Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo: Hucitec; 2014.
11 Priori A, Klauck RC. O retorno dos brasiguaios. Rev. Espaço Acadêmico. 2010;10(109):95-102.
12 Morosini MVGC, Fonseca AF, Lima LD. Política Nacional de Atenção Básica 2017: retrocessos e riscos para o Sistema Único de Saúde. Saúde Debate,2018; 42(116):11-24.
13 Villani RAG, Lima EH, Silva MS. Acolhimento da atenção primária à saúde: uma revisão dos benefícios e desafios. Veredas. 2017;10(1):42-58.
14 Gontijo TL, Duarte AGS, Guimarães EAA, Silva J. Avaliação da atenção primária: o ponto de vista de usuários. Saúde Debate. 2017;41(114):741-752.
15 Holst J, Giovanella l, Andrade GCL. Porque não instituir copagamento no Sistema Único de Saúde: efeitos nocivos para o acesso a serviços e a saúde dos cidadãos. Saúde Debate. 2016;40(n. esp):213-226.
16 Albuquerque JL. Migração, circulação e cidadania em território fronteiriço: os brasiguaios na fronteira entre o Paraguai e o Brasil. TOMO. 2015;26:97-122.
Publicado
2019-07-16
Como Citar
1.
Lima L, Toso B. Acesso a atenção primária na tríplice fronteira sob a ótica do brasileiro não residente no país. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 16jul.2019 [citado 28abr.2024];2(1):13-0. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/213
Seção
Artigos originais