Atenção secundária em saúde bucal materno-infantil

Palavras-chave: Saúde Bucal, Odontologia em Saúde Pública, Saúde Materno-Infantil, Atenção Secundária à Saúde

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de análise sobre a atenção secundária em saúde bucal na Rede de Atenção Materno-infantil em 136 municípios no estado do Paraná. Para avaliação do perfil dessa rede foi utilizado o Instrumento de Avaliação de Rede de Atenção Materno-infantil (IARAMI). Os participantes da pesquisa responderam a um questionário composto por 131 perguntas, sendo duas delas sobre saúde bucal. A organização da atenção secundária em saúde bucal foi identificada na maioria dos municípios avaliados (80,80%), porém falta integração com a atenção primária. Dos municípios avaliados apenas 13,13% apresentaram ótima integração entre esses pontos. A atenção à saúde bucal para gestantes e crianças deve ser organizada em redes de atenção integrada para garantir a qualificação da atenção.

Referências

1.Organización Panamericana de la Salud. Redes integradas de servicios de salud basadas em la atención primaria. Washington, DC: OPS; 2009.

2.Brasil, Ministério da Saúde. Portaria GM/MS nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Saúde Legis - Sistema de Legislação da Saúde. 2010. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4279_30_12_2010.html

3.Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Brasília: OPAS; 2011.

4.Mendes EV. A atenção primária à saúde no SUS. Fortaleza: Escola de Saúde Pública do Ceará; 2002.

5.Hartz ZM, Contandriopoulos AP. A integralidade da atenção e integração de serviços de saúde: desafios para avaliar a implantação de um sistema sem muros. Cad saúde pública. 2004;20(2):331-6.

6.Brasil, Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica, Coordenação Nacional de Saúde Bucal. Diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

7.Almeida PF, Giovanella L, Mendonça MHM, Escorel S. Desafios à coordenação dos cuidados em saúde: estratégias de integração entre níveis assistenciais em grandes centros urbanos. Cad Saúde Pública. 2010;26 (2): 286-98.

8.Paraná. Secretaria de Estado da Saúde. Linha guia de saúde bucal. Curitiba: Secretaria de Estado da Saúde do Paraná; 2014.

9.Paraná. Secretaria de Estado da Saúde. Linha guia da Rede Mãe Paranaense. Curitiba: Secretaria de Estado da Saúde do; 2012.

10.Moimaz SAS, Saliba NA, Garbin CAS, organizadores. Odontologia para gestante: guia profissional de saúde. Araçatuba: Unesp; 2009.
11.Walter LRF, Lemos LVFM, Myaki SI, Zuanon ACC. Manual de odontologia para bebês. São Paulo: Artes Médicas; 2014.

12.Cruz SS, Costa MCNC, Gomes ISF, Vianna MIP, Santos CT. Doença periodontal materna como fator associado ao baixo peso ao nascer. Rev saude publica. 2005;39(5):782-7.

13.Trentin MS, Scortegagna AS, Dal’bello MS, Bittencourt ME, Linden MSS, Viero R, Schrötter P, et al. Doença periodontal em gestantes e fatores de risco para o parto prematuro. RFO UPF. 2007;12(1):47-51.

14.Lopes FF, Lima LL, Rodrigues MCA, Cruz MCFN, Oliveira AEF. Alves CMC. A condição periodontal materna e o nascimento de prematuro de baixo peso: estudo caso-controle. Rev bras ginecol obstet. 2005;27(7):382-6.

15.Zanatta FB, Machado E, Zanatta GB, Fiorini T. Doença periodontal materna e nascimento prematuro e de baixo peso: uma revisão crítica das evidências atuais. ACM arq catarin med.. 2007; 36 (1): 96-102.

16.Ribeiro CM. Relação entre doença periodontal em gestantes com parto prematuro e o nascimento de bebês de baixo peso. Revista saúde e esenvolvimento. 2013;14(2):142-59.

17.Wagner EH, Davis C, Schaefer J, Von Korff M, Austin B. A survey of leading chronic disease management programs: are they consistent with the literature? Manag care q. 1999;7(3):56-66.

18.Malcom L, Wright L, Carson L. Integrating primary and secondary care: the case of Christchurch South Health Centre. New Zealand Med J. 2000;113(1123):514-7.

19.Singh D. Transforming chronic care: evidence about improving care for people with long-term conditions. Birmingham: University of Birmingham/Health Services Management Centre; 2005.

20.Chaves SCL, Cruz DN, Barros SG, Figueiredo AL. Avaliação da oferta e utilização de especialidades odontológicas em serviços públicos de atenção secundária na Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2011;27(1):143-54.

21.Morris AJ, Burke FJT. Primary and secondary dental care: how ideal is the interface? Br Dent J. 2001;191(12): 660-70.

22.Figueiredo N, Silveira FMM, Neves JC, Magalhães BG, Goes PSA. Avaliação de ações da atenção secundária e terciária em saúde bucal. In: Goes PSA, Moysés SJ, organizadores. Planejamento, gestão e avaliação em saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas; 2012. p. 195-209.

23.Coulthard P, Kazakou I, Koron R, Worthington HV. Referral patterns and the referral system for oral surgery care. Part 1: general dental practitionaer referral patterns. Br Dent J. 2000;188(3):142-5.

24.Schwartz B. The evolving relationship between specialists and general dentists: practical and ethical challenges. J Am Coll Dent. 2007;74(1):22-6.

25. Sharpe G, Durham JA, Preshhaw PM. Attitudes regarding specialist referrals in periodontics. Br Dent J. 2007;202(4):218-9

26.Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidade de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unesco/Ministério da Saúde; 2002.

27.Franco TB, Magalhães Júnior HM. Integralidade na assistência à saúde: a organização das linhas do cuidado. In: Merhy EE et al., organizadores. O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano. 2. ed. São Paulo: Hucitec; 2004. p. 125-34.
Publicado
2019-11-25
Como Citar
1.
Schiller C, Bellani W, Werneck R, Moysés S, Moysés S. Atenção secundária em saúde bucal materno-infantil. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 25nov.2019 [citado 23nov.2024];2(2):107-14. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/281
Seção
Artigos originais