Perfil epidemiológico dos portadores de sífilis entre 2010 e 2018 no Estado do Paraná, Brasil

Palavras-chave: Sífilis, Epidemiologia, Doenças sexualmente transmissíveis, Infecções por Treponema

Resumo

A sífilis é uma doença infecto contagiosa de transmissão sanguínea, sexual e vertical. O estudo teve por objetivo analisar os casos de sífilis no estado de Paraná entre os anos de 2010 e 2018, e descrever o perfil epidemiológico dos infectados. O estudo é quantitativo, descritivo e observacional desenvolvido com dados secundários do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN), avaliando a taxa de detecção da sífilis adquirida. Entre 2010 e 2018 o Paraná registrou 39.900 casos de sífilis adquirida, sendo que 58,5% ocorreram em homens e 41,5% em mulheres.  A faixa etária de maior incidência foi entre 20-29 anos (26,9%), seguida por 30-39 anos (21,4%). A maioria dos infectados possuía como nível de escolaridade o ensino fundamental e médio (18,5% e 19%, respectivamente). A macrorregião leste do Estado apresentou a maior incidência de casos (59,28% dos casos em 2016). Quanto às Regionais de Saúde, as taxas de detecção mais elevadas no ano de 2016 foram observadas em Cascavel, Metropolitana e Ponta Grossa. Devido ao aumento de casos de sífilis adquirida no Paraná entre os anos de 2010 a 2018, é necessário o direcionamento de ações de prevenção e rastreio.

Referências

1. WHO guidelines for the Treatment of Treponema pallidum (syphilis). World Health Organization, 2016.
2. Luppi Carla Gianna, Gomes Solange Eduardo Chabu et al . Fatores associados à coinfecção por HIV em casos de sífilis adquirida notificados em um Centro de Referência de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids no município de São Paulo, 2014. Epidemiol. Serv. Saúde [Internet].
3. Lafeta, KRG et al . Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Rev. bras. epidemiol., São Paulo , v. 19, n. 1, p. 63-74, Mar. 2016.
4. Magalhães, D.M.S. et al. A sífilis na gestação e sua influência na morbimortalidade materno-infantil. Com. Ciências Saúde. 22 Sup 1: S43-S54. 2011.
5. Bottura et al. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional e congênita no Brasil - período de 2007 a 2016. Arq Med Hosp Fac Med Santa Casa São Paulo, São Paulo, v.64, n.2, p. 69-75, mai/ago, 2019.
6. Peeling RW, Mabey D, Kamb ML, Chen XS, Radolf JD, Benzaken AS. Syphilis. Nat Rev Dis Primers. 2017;3:17073. Published 2017 Oct 12. doi:10.1038/nrdp.2017.
7. Manual nual Técnico para Diagnóstico da Sífilis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
8. Campos, Ana Luiza de Araújo et al . Sífilis em parturientes: aspectos relacionados ao parceiro sexual. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro , v. 34, n. 9, p. 397-402, Sept. 2012.
9. World Health Organization. Prevention and control of sexually transmitted infections (STIs) in the era of oral pre-exposure prophylaxis (PrEP) for HIV; julho, 2019.
10. Sífilis 2018. Boletim epidemiológico do Estado do Paraná. Secretaria da Saúde, Curitiba, outubro de 2018.
11. Rowley J, Vander Hoorn S, Korenromp E, et al. Chlamydia, gonorrhoea, trichomoniasis and syphilis: global prevalence and incidence estimates, 2016. Bull World Health Organ. 2019;97(8):548–562. Doi:10.2471/BLT.18.228486.
12. Magalhães D.M.S, Kawaguchi I. A. L, Dias A., Calderon I. M. P. Syphilis in pregnancy and their influence on fetal and maternal morbidity. Com. Ciências Saúde - 22 Sup 1:S43-S54, 2011.
13. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico. Ministério da Saúde. Número especial, outubro, 2019.
14. Portaria número 204 de 17 de fevereiro de 2016. Ministério da Saúde, 2016.
15. Souza BSO, et al. Análise epidemiológica dos casos notificados de sífilis. Rev. Soc. Bras. Clin. Med. 2018, abr-jun; 16(2):94-8.
16. Gomes NC, Meier DA, et al. Prevalence and factors associated with syphilis in a Reference Center. Rev Soc Bras Med Trop. 2017;50(1):27-34.
17. Souza BSO. Análise epidemiológica dos casos notificados de sífilis. Rev. Soc. Bras. Clin. Med. 2018, abr-jun; 16(2):94-8.
18. Souza WN, Benito LA. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil no período de 2008 a 2014. Universitas: Ciências da Saúde. 2016;14(2):1-8.
19. Garbin, Artênio José Ísper, Martins, et al. Reemerging diseases in Brazil: sociodemographic and epidemiological characteristics of syphilis and its under-reporting. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 52, e20180226.
Publicado
2021-04-09
Como Citar
1.
Ito F, Gonçalves M, Gonçalves M, Hirota M, Hayashida M, Mizoguti N, Nasr AM. Perfil epidemiológico dos portadores de sífilis entre 2010 e 2018 no Estado do Paraná, Brasil. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 9abr.2021 [citado 28mar.2024];3(2):61-3. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/386
Seção
Artigos originais