HIV/aids em mulheres jovens em uma regional de saúde do Paraná, Brasil

Palavras-chave: Epidemia. HIV/aids. Mulher. Saúde Coletiva. Enfermagem

Resumo

As características da epidemia de HIV/aids denotam sua determinação histórica e social. O objetivo desse estudo foi descrever as características da epidemia de HIV/aids em mulheres adultas jovens, moradoras de municípios da 2ª Regional de Saúde do Paraná. Trata-se de um estudo ecológico retrospectivo, com coleta de dados em setembro de 2017, no Sinan NET. Amostragem intencional, que incluiu mulheres de 20 a 29 anos, moradoras da 2ª Regional de Saúde do Paraná, notificadas com HIV/aids de 2007 a 2015. A análise ocorreu à luz da Determinação Social do Processo Saúde-doença. Foram 602 casos de HIV, 24 de aids e 22 de óbitos em mulheres de 20 a 29 anos; dentre as 648 notificadas, 72,5% eram da raça/cor branca, 18,2% com ensino médio, 21,2% eram donas de casa e 32,6%, gestantes. O desafio para o enfrentamento do agravo é trabalhar na sua determinação social, ou seja, na escolaridade, renda, ocupação e relações de gênero.

Biografia do Autor

Marlise Lima Brandão, Me., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Enfermagem

Dayeny Fernandes Farago, Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Especialista em Saúde da Mulher. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem.  Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Atenção Hospitalar.

Maria Marta Nolasco Chaves, Dra., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Enfermagem

Flaviane Marizete Limas, Me., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Enfermagem

Daiane Siqueira Luccas, Dra., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Daiana Kloh Khalaf, Dra., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem.

Rafaela Gessner Lourenço, Dra., Universidade Federal do Paraná

Enfermeira. Doutora em Ciências. Universidade Federal do Paraná. Departamento de Enfermagem

Referências

1.Campany LNS, Amaral DM, Santos RNOL. HIV/aids no Brasil: feminização da epidemia em análise. Rev Bioet. 2021;29(2):374-83. doi: https://doi.org/10.1590/1983-80422021292475
2. United Nations Programme on HIV/aids (UNAIDS) [Internet]. Estatísticas globais sobre HIV; c2021 [citado em 11 out. 2021]. Disponível em: https://unaids.org.br/estatisticas
3. Ministério da Saúde(BR). Bol Epidemiol HIV-Aids: 2020. Brasília: Min Saúde; 2020. 68p. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2020/boletim-epidemiologico-hivaids-2020
4. Schaurich D, Coelho DF, Motta MGC. A cronicidade no processo saúde-doença: repensando a epidemia da AIDS após os antirretrovirais. Rev Enferm UERJ. 2006;14(3):455-62. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/107165
5. Nakamura E, Egry EY, Campos CMS, Nichiata LYI, Chiesa AM, Takahashi RF. O potencial de um instrumento para o reconhecimento de vulnerabilidades sociais e necessidades em saúde: saberes e práticas em saúde coletiva. Rev Esc Enferm. USP. 2009;17(2): 117-123. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-11692009000200018
6. Ministério da Saúde(BR). HIV em Gestantes, Aids e Mortalidade por Aids. Bol Epidemiol HIV/AIDS. 2015;4(1):4-47. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/boletim-epidemiologico-hivaids-2015
7. Secretaria de Estado da Saúde (PR). Plano Estadual de Saúde do Paraná 2016-2019. Curitiba: Secretaria de Estado da Saúde; 2016. Disponível em: https://www.conass.org.br/pdf/planos-estaduais-de-saude/PR_PlanoEstadualSaude2016MioloAlt.pdf
8. Breilh J. Epidemiologia crítica: ciência emancipadora e interculturalidade. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2006.
9. Paim JS, Almeida Filho N. Saúde coletiva: teoria e prática. Rio de Janeiro: MedBook; 2014.
10. Almeida Filho N, Barreto ML. Epidemiologia e Saúde: fundamentos, métodos e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013.
11. Ministério do Trabalho e Emprego (BR). Classificação Brasileira de Ocupações. 3ed. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego; 2010. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/observatoriosocial/files/2014/09/CBO-Livro-1.pdf
12. Ministério da Saúde (BR). Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. [Internet]. c2012. [citado em 17 Fev. 2019]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html
13. Ministério da Saúde (BR). HIV em gestantes. Bol Epidemiol HIV/AIDS. 2016;5(1):3-53. Disponível em: http://www.aids.gov.br/system/tdf/pub/2016/59427/boletim_2016_1_pdf_16375.pdf?file=1&type=node&id=59427&force=1
14. São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. HIV-AIDS. Bol Epidemiol Aids/DST. 2016;33(1):4-104. Disponível em: http://www.saude.sp.gov.br/resources/crt/vig.epidemiologica/boletim-epidemiologico-crt/boletim_epidemiologico_2016.pdf?attach=true
15. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). [Internet]. Cadernos Municipais. c2017 [Acesso em 16 Jul. 2019]. Disponível em: http://www.ipardes.pr.gov.br/Pagina/Cadernos-municipais
16. Galvão JMV, Costa ACM, Galvão JV. Demographic and socio-demographic profile of people living with HIV/AIDS. Rev Enferm UFPI. 2017;6(1):4-8. Disponível em: https://revistas.ufpi.br/index.php/reufpi/article/view/5533/0
17. Ministério da Saúde (BR). Portaria MS no 3.947 de 25 novembro de 1998. Brasília: Ministério da Saúde; 1999. Seção 1. Disponivel em: http://portalsinan.saude.gov.br/images/documentos/Legislacoes/Portaria_3947_atributos_comuns.pdf
18. Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PR). Boletim Epidemiológico HIV/aids. Curitiba: Secretaria Municipal de Saúde; 2016. p. 52.
19. Gonçalves H, Machado EC, Soares ALG, Camargo-Figuera FA, Seerig LM, Mesenburg MA, et al. Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde. Rev Bras Epidemiol. 2015;18(1):1-18. doi: 10.1590/1980-5497201500010003
20. Acosta LMW, Gonçalves TR, Barcellos NT. Coinfecção HIV/sífilis na gestação e transmissão vertical do HIV: um estudo a partir de dados da vigilância epidemiológica. Rev Panam Salud Publica. 2016;40(6):435-42.Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2016.v40n6/435-442
21. Ministério da Saúde (BR). Gestação de alto risco: manual técnico. Brasília: Ministério da Saúde; 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf
22. Pedrosa NL, Paiva SS, Almeida RLF, Holanda ER, Kerr LRFS, Galvão MTG. Série histórica da AIDS no Estado do Ceará, Brasil. Ciênc Saúde Coletiva. 2015;20(4):1177-84. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232015204.00582014
Publicado
2021-12-23
Como Citar
1.
Brandão ML, Farago DF, Chaves MMN, Limas FM, Luccas DS, Khalaf DK, Lourenço RG. HIV/aids em mulheres jovens em uma regional de saúde do Paraná, Brasil. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 23dez.2021 [citado 26abr.2024];4(4):114-26. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/513
Seção
Artigos originais