Perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis gestacional e congênita em Curitiba/PR (2014-2019)

Palavras-chave: Gestantes, Sífilis Congênita, Sífilis, Epidemiologia Descritiva

Resumo

A sífilis é um problema de saúde pública no Brasil, que está relacionada a altos índices de morbimortalidade materna e perinatal. O estudo em questão busca descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis gestacional e congênita em Curitiba, Paraná, no período de 2014 a 2019. Foram notificados 2.599 casos de sífilis gestacional e 891 casos de sífilis congênita. 79,8% das gestantes eram brancas, 48,9% dos diagnósticos de sífilis gestacional firmaram-se no primeiro trimestre de gestação, e 88,9% dos casos eram de sífilis latente. Com relação a sífilis congênita, 83,3% das gestantes realizaram o pré-natal e 74,3% foram diagnosticadas durante o pré-natal e 63,7% das gestantes realizaram o tratamento inadequado. Portanto, os casos sífilis gestacional e congênita foram notificados em sua maioria no primeiro trimestre de gestação, em estágio de sífilis latente e em gestantes que realizaram o pré-natal e tratamento inadequado para sífilis.

Biografia do Autor

Eduardo Massaro Yamashita, Universidade Positivo

Discente do curso de medicina da Universidade Positivo. Universidade Positivo, Curitiba, Paraná

Giórgia Souza Franco, Universidade Positivo

Discente do curso de medicina da Universidade Positivo. Universidade Positivo, Curitiba, Paraná

Wellidha Bianca Rocha Amado, Universidade Positivo

Discente do curso de medicina da Universidade Positivo. Universidade Positivo, Curitiba, Paraná

Isabella Kohatsu Arakaki, Universidade Positivo

Discente do curso de medicina da Universidade Positivo. Universidade Positivo, Curitiba, Paraná

Daiane Cristina Pazin, Universidade Positivo

Médica. Mestre em Ciências da Saúde e docente na Escola de Medicina da Universidade Positivo. Universidade Positivo, Curitiba, Paraná

Referências

1. De Lorenzi DRS, Madi JM. Sífilis Congênita como Indicador de Assistência Pré-natal. Rev. bras ginecol obstet. 2001;23(10):647–52. [acesso em 2020 nov 21] doi: https://doi.org/10.1590/S0100-72032001001000006

2. World Health Organization - WHO. WHO Guideline for the treatment of Treponema pallidum (syphilis). Genebra: World Health Organization; 2016 [Acesso em: 2020 nov 9]. 60 p. Disponível em: http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/249572/1/9789241549806-eng.pdf

3. Ministério da Saúde (BR). Protocolo clinico e diretrizes terapêuticas para prevenção da transmissão vertical de HIV, Sífilis e Hepatites virais (2019). [Acesso em: 2021 jun 22] Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-de-hiv

4. Cavalcante PAM, Pereira RBL, Castro JGD. Sífilis gestacional e congênita em Palmas, Tocantins, 2007-2014. Epidemiol. Serv. Saúde (Online). 2017;26(2):255–64. [Acesso em: 2020 nov 11] doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200003

5. Magalhães DMS, Kawaguchi IAL, Dias A, Calderon IMP. Sífilis materna e congênita: ainda um desafio. Cad. Saúde Pública (Online). 2013;29(6):1109–20. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2013000600008

6. Sonda EC, Richter FF, Boschetti G, Casasola MP, Krumel CF, Machado CPH. Sífilis Congênita: uma revisão da literatura. Rev. epidemiol. controle infecç. 2013;3(1):28. [Acesso em 2021 jun 22] doi: http://dx.doi.org/10.17058/reci.v3i1.3022

7. Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba. Rede Mãe Curitibana Vale a Vida Secretaria Municipal da Saúde. 2018 [Acesso em 2021 jun 22] Disponível em: https://www.fetalmed.net/wp-content/uploads/2018/09/Protocolo_Rede_M%C3%A3e_Curitiba_Vale-_a_Vida_web.pdf

8. Ministério da Saúde (Brasil). Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2020. [Acesso em: 2021 jun 22]. Disponível em: http://indicadoressifilis.aids.gov.br

9. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@ [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2020. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/curitiba/panorama

10. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Bol. epidemiol. Sif. 2015;4(1):1-28. [Acesso em: 2021 jun 22] Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/node/88

11. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Diretrizes para controle da Sífilis congênita. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. 72p. [Acesso em: 2021 jun 22] Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_controle_sifilis_congenita.pdf

12. Benito LAO, Souza WN. Perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil no período de 2008 a 2014. Univ. Ciências da Saúde (Online). 2016;14(2). [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.5102/ucs.v14i2.3811

13. Cardoso ARP, Araújo MAL, Cavalcante MS, Frota MA, Melo SP. Análise dos casos de sífilis gestacional e congênita nos anos de 2008 a 2010 em Fortaleza, Ceará, Brasil. Ciênc. Saúde Colet. 2018;23(2):563–74. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232018232.01772016

14. Maschio-Lima T, Machado ILL, Siqueira JPZ, Almeida MTG. Perfil epidemiológico de pacientes com sífilis congênita e gestacional em um município do Estado de São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. (Online) Infant. 2019;19(4):865–72. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.1590/1806-93042019000400007

15. Carvalho DS, Novaes HMD. Evaluation of the prenatal care program in Curitiba, Paraná, Brazil: a cohort study of primigravidae. Cad. Saúde Pública (Online).2004;20 Suppl2:220–30. [Acesso em: 2020 nov 20]. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232017223.18842016

16. Burger M. O Impacto do Programa Mãe Curitibana sobre a Transmissão Vertical do HIV no Município de Curitiba entre 2000 e 2009. DST j. bras. sex. transm. 2011;23(2):76–83. [Acesso em: 2021 jun 22] Disponível em: http://www.dst.uff.br/revista23-2-2011/6-O%20Impacto%20do%20Programa%20Mae%20Curitibana.pdf

17. Domingues RMSM, Leal MC. [Incidence of congenital syphilis and factors associated with vertical transmission: data from the Birth in Brazil study]. Cad. Saúde Pública (Online). [Acesso em: 2021 jun 22] 2016; 32(6):1–12. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00082415

18. Lafetá KRG, Martelli Júnior H, Silveira MF, Paranaíba LMR. Sífilis materna e congênita, subnotificação e difícil controle. Rer. bras. epidemiol. 2016;19(1):63–74. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.1590/1980-5497201600010006

19. Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de Pediatria. 4ªed, vol 1. São Paulo: Manole; 2017. p 1008-1012.

20. Padovani C, Oliveira RR, Pelloso SM. Syphilis in during pregnancy: Association of maternal and perinatal characteristics in a region of southern Brazil. Rev. latinoam. enferm. (Online). 2018;26. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.1590/1518-8345.2305.3019

21. Bottura BR, Matuda L, Rodrigues PSS, Amaral CMCA, Barbosa LG. Perfil epidemiológico da sífilis gestacional e congênita no Brasil – período de 2007 a 2016. Arq. méd. hosp. Fac. Ciênc. Méd. Santa Casa São Paulo. 2019;64(2):69. [Acesso em: 2021 jun 22] doi: https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.2.069

22. Arnesen L, Serruya S, Durán P. Gestational syphilis and stillbirth in the Americas: A systematic review and meta-analysis. Ver. panam. salud pública. 2015;37(6):422–9. [Acesso em: 2021 jun 22] Disponível em: https://www.scielosp.org/article/rpsp/2015.v37n6/422-429/en/

23. Ministério da Saúde (Brasil). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Indicadores e dados básicos da sífilis nos municípios brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde; 2020. [Acesso em 2020 nov 20] Disponível em: http://indicadoressifilis.aids.gov.br
Publicado
2021-12-23
Como Citar
1.
Yamashita EM, Franco GS, Amado WBR, Arakaki IK, Pazin DC. Perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis gestacional e congênita em Curitiba/PR (2014-2019). Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 23dez.2021 [citado 22nov.2024];4(4):77-1. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/569
Seção
Artigos originais