Mortalidade infantil em crianças menores de um ano na região noroeste do estado do Paraná

Palavras-chave: Causas de Morte., Estatísticas vitais, Mortalidade infantil, Registros de Mortalidade

Resumo

A mortalidade infantil é considerada um fator relevante para avaliar condições de saúde de uma população, uma temática bem esclarecida na literatura, no entanto, carece de informações sobre a causalidade em localidades específicas. Logo, a pesquisa tem por objetivo analisar a taxa e as causas de mortalidade infantil em alguns municípios da 12a Regional de Saúde do Paraná, no período de 2015 a 2019. Trata-se de um estudo de caráter epidemiológico, transversal realizado na plataforma digital DATASUS. A amostra foi constituída por 191 óbitos, dos quais, a média da taxa de mortalidade infantil entre os anos variou de 14,92 a 26,98/mil nascidos vivos. A causa mais frequente foi identificada como afecções originadas no período perinatal (72,0%), que teve associação significativa pelo teste Wilcoxon/Mann-Whiney quando comparada a causa de anomalias congênitas (21,9%). A qualidade  da  assistência  ofertada  durante  o  pré-natal e puerpério pode ter relação com a causa encontrada, o que intriga na avaliação de programas e projetos na regional em questão.

Biografia do Autor

Emilli Karine Marcomini, Universidade Federal do Paraná

Enfermeira graduada pela Universidade Paranaense. Mestranda em Biotecnologia, Universidade Federal do Paraná, Palotina, Paraná, Brasil

Ana Gabriela Fernandes Frank, Universidade Estadual de Maringá

Enfermeira graduada pela Universidade Paranaense. Mestranda em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Nanci Verginia Kuster Paula, Universidade Paranaense

Enfermeira, Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina. Docente na Universidade Paranaense, Umuarama, Paraná, Brasil.

Adalberto Ramom Valderrama Gerbasi, Universidade Autônoma de Barcelona

Matemático. Mestre e Doutor em Inovação Educativa pela Universidade Autônoma de Barcelona, Barcelona, Espanha.

Referências

1. Silva SIS, Moraes ACF, Lisieski N. Mortalidade infantil: perfil epidemiológico da região do médio Vale do Itajaí. Rev Recien. 2020;10(31):45-56. doi: https://doi.org/10.24276/rrecien2020.10.31.45-56

2. Silva UMP, Leal ML, Garcia EM, Dias BAS. Vigilância do óbito infantil no Espírito Santo, Brasil. Rev. Bras. Pesq. Saúde, Vitória, 20(4): 31-37, 2018. doi: https://doi.org/10.21722/rbps.v20i4.24595

3.Bonatti AF, Silva AMC, Murato AP. Mortalidade infantil em Mato Grosso. Brasil: tendência entre 2007 e 2016 e causas de morte. Ciênc. saúde coletiva. 2020; 25(7): 2821-2830. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232020257.28562018

4.Secretaria Estadual da Saúde do Paraná. SESA. Conteúdo. Mortalidade Infantil. Curitiba. Divisão de informações epidemiológicas. Paraná. Brasil; 2019. [Acesso em 12 fev. 2020]. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/Pagina/DVIEP-Divisao-de-Informacoes-Epidemiologicas

5. Carvalho RAS, Santos VS, Melo CM, Gurge RQ, Oliveira CCC. Desigualdades em saúde: condições de vida e mortalidade infantil em região do nordeste do Brasil. Rev. Saúde Pública. 2015; 49(5):01-09. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-8910.2015049004794

6. Demiti JMG, Gasquez AS. Rede Mãe Paranaense: análise comparativa da mortalidade materno infantil entre estado e município. Uningá Review Journal. 2017; 30(1):06-10. Disponível em: http://revista.uninga.br/index.php/uningareviews/article/view/2006

7. Maronesi NL, Maronezi LFC, Rodrigues RRN, Bortoli CFC. Analysis of the infant mortality indicator in a municipality in southeast Paraná. Espac. Saúde. 2021;22:e797. doi: https://doi.org/10.22421/1517-7130/es.2021v22.e797

8.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Cidades. Panorama. Umuarama. Paraná. Brasil; 2017. [Acesso em 12 fev. 2020]. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/umuarama/panorama

9. Secretaria Estadual da Saúde do Paraná. SESA. Agencia de notícias do Paraná. Umuarama tem rede contínua de atendimento de alta complexidade. Curitiba. Paraná. Brasil; 2020. [Acesso em 12 fev. 2020]. Disponível em: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=105244&tit=Umuarama-tem-rede-continua-de-atendimento-de-alta-complexidade

10. Santos JLG, Erdmann AL, Schlindwein MBH, Melo LGM, Cunha VP, Ross R. Integração entre dados quantitativos e qualitativos em uma pesquisa de métodos mistos. Texto Contexto Enferm. 2017; 26(3):e1590016. doi: https://doi.org/10.1590/0104-07072017001590016

11.Araújo Filho ACA, Araújo AKL, Almeida PD, Rocha SS. Mortalidade infantil em uma capital do nordeste brasileiro. Enferm. Foco. 2017; 8(1):32-36. doi: https://doi.org/10.21675 / 2357-707X.2017.v8.n1.888

12. Prezotto KH, Oliveira LR, Oliveira RR, Melo EC, Scholze AR, Fernandes CAM. Child mortality: trend and changes after the implantation of the rede mãe paranaense program. Enferm. Glob. 2019; (55):497-508. doi: https://doi.org/10.6018/EGLOBAL.18.3.337311

13. Careti CM, Scarpelini AHP, Furtado MCC. Perfil da Mortalidade Infantil a partir de investigações de óbitos. Rev. Eletrônica de Enferm. 2014; 16 (2): 352-360. doi: https://doi.org/10.5216/ree.v16i2.20321

14. Martins PCR, Pontes ERJC, Higa LT. Convergência entre as Taxas de Mortalidade Infantil e os Índices de Desenvolvimento Humano no Brasil no período de 2000 a 2010. Interações. 2018; 19(2):291-303. doi: https://doi.org/10.20435/inter.v19i2.1552

15.Rede Internacional de Informações para Saúde. Comitê Temático Interdisciplinar (CTI) Natalidade e Mortalidade. Grupo de Trabalho ad hoc. Relatório final. Brasília; 2012. Disponível em: http://www.ripsa.org.br/vhl/instancias/comites-tematicos-interdisciplinares-cti/mortalidade-infantil-perinatal-e-materna-gt-pni/

16. Governo do Estado do Paraná. Secretária de Saúde. Linha de atenção materno infantil [Internet]. Secretaria da Saúde. [citado 19 de janeiro de 2022]. Disponível em: http://www.saude.pr.gov.br/Pagina/Linha-de-Atencao-Materno-Infantil.

17. Broday GA, Kluthcovsky ACG. Mortalidade infantil e estratégia saúde da família na 3ª regional de saúde do Paraná, de 2005 a 2016. Rev. Paul. Pediatr. 2021; 40. doi: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2022/40/2020122

18. Marcello T, Cavalari IA, Carvalho M, Rocha AC, Follador FAC, Vieira AP, Wendt GW, Silva GH, Ferreto LED. Space analysis of child mortality rate in Paraná. Braz. J. of Develop. 2019; 5(10):18862-18876. Doi: https://doi.org/10.34117/bjdv5n10-127

19.Moreira EAF, Oliveira IC, Andrade FB. Morbidade e mortalidade infantil com foco nas causas perinatais no nordeste Brasileiro. Rev. Ciênc. Plur. 2020; 6 (3): 1-15. doi: https://doi.org/10.21680/2446-7286.2020v6n3ID19943

20. Alves JB, Gabani FL, Ferrari RAP, Tacla MTGM, Linck Junior A. Sepse neonatal: mortalidade em município do sul do Brasil, 2000 a 2013. Rev. Paul. Pediatr.2018; 36 (02). doi: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;2;00001

21.Pereira RC, Figueiroa MN, Barreto IC, Cabral LNC, Lemos MLC, Marques VLLR. Perfil Epidemiológico sobre Mortalidade Perinatal e Evitabilidade. Rev. Enferm. UFPEL. 2016; 10(5):1763-72. doi:https://doi.org/10.5205/reuol.9003-78704-1-SM.1005201624

22. Kropiwiec MV, Franco SC, Amaral AR. Fatores associados à mortalidade infantil em município com índice de desenvolvimento humano elevado. Rev. Paul. Pediatr. 2017; 35(4):391-398. doi: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2017;35;4;00006

23. Tavares LT, Albergaria TFS, Guimarães MAP, Pedreira RBS, Pinto Junior EP. Mortalidade infantil por causas evitáveis na Bahia. 2000-2012. Rev. Eletron. Comum. Inf. Inov. Saúde. 2016; 10(3). doi:https://doi.org/10.29397/reciis.v10i3.1044

24. Vianna RCXF, Carvalho DR, Freire MHS, Migoto M. Perfil da mortalidade infantil nas Macrorregionais de Saúde de um estado do Sul do Brasil. no triênio 2012–2014. Espaç. saúde (Online). 2016; 17(2):32-40. doi: https://doi.org/10.22421/15177130-2016v17n2p32

25. Terra AP, Herber S, Machado KP, Wachs L, Thumé E, Soares D. Idade materna e condições perinatais. entre nascimentos de risco de 2008 a 2013. Rev Enferm UFPI. 2018;8(1):30-7. doi: https://doi.org/10.26694/2238-7234.8130-37

26.Castro SLS, Pinto FJM, Medeiros CRB, Sampaio RMM, Viana RAA, Lima KJ. Mortalidade infantil: análise de fatores associados em uma capital do Nordeste brasileiro. Cad. saúde colet. 2017; 25(1): 83-89. doi: https://doi.org/10.1590/1414-462x201700010284

27. Mata KS, Santos AAP, Silva JMO, Holanda JBL, Silva FCL. Complicações causadas pela infecção do trato urinário na gestação. Espaç. saúde (Online). 2014; 15(4): 57-63. doi: https://doi.org/10.22421/15177130-2014v15n4p57

28. Justino DCP, Andrade FB. Análise espacial das causas de Mortalidade infantil no Brasil de 2000 A 2015. Rev. Ciênc. Plur. 2020; 6 (3): 174-193. doi: https://doi.org/10.21680/2446-7286.2020v6n3ID21978

29. Organização Mundial de Saúde. OMS. Declaração da OMS sobre Taxas de Cesáreas. Genebra: Organização Mundial de Saúde. 2015. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/161442/WHO_RHR_15.02_por.pdf?sequence=3
Publicado
2022-06-17
Como Citar
1.
Marcomini EK, Frank AGF, Paula NVK, Gerbasi ARV. Mortalidade infantil em crianças menores de um ano na região noroeste do estado do Paraná. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 17jun.2022 [citado 23nov.2024];5(2). Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/621
Seção
Artigos originais