Perfil dos casos de violência interpessoal e/ou autoprovocada no Paraná entre 2015 e 2018

Palavras-chave: Violência, Violência de Gênero, Violência Étnica, Violência contra a Mulher, Violência Doméstica

Resumo

A pesquisa consiste na descrição do perfil epidemiológico das violências interpessoais e/ou autoprovocadas registradas por meio de notificações atendidas no Estado do Paraná entre 2015 e 2018. Estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, os dados foram coletados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação disponibilizados no banco de dados Tabnet. Foram notificados 108.081 casos de violência, sendo 34.733 casos relativos a homens e 108.081 a mulheres, e a faixa etária predominante: 15 a 19 anos (16,3%) para homens e 20 a 29 anos (19,1%) para mulheres. A residência se mostrou o lugar com o maior número de notificações (75,35%). A violência física (58%) foi a forma mais frequente. Na maioria dos casos, o agressor é da própria família (86,42%). Os resultados possibilitam refletir sobre medidas que possam amenizar os agravos e também prevenir cada tipo de violência, além de planejar e implementar políticas públicas com enfoques específicos.

Biografia do Autor

Emanuelle Nataly Silva, Universidade Federal do Paraná

Graduada em Administração Pública. Universidade Federal do Paraná, Matinhos, Paraná, Brasil.

Glória Letícia Wenceslau Barão Marques, Universidade Federal do Paraná

Revisora e Tradutora. Graduanda em Letras (Português-Inglês) e Fonoaudiologia. Universidade Federal do Paraná e Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, Paraná

Clovis Wanzinack, Universidade Federal do Paraná

Doutor em Desenvolvimento Regional. Docente do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável. Universidade Federal do Paraná – Setor Litoral, Matinhos, Paraná, Brasil.

Referências

1.   Minayo MCDS. Violência e saúde. Editora Fiocruz, 2006. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em https://static.scielo.org/scielobooks/y9sxc/pdf/minayo-9788575413807.pdf


2.   Saúde, OMD, Krug EG. Relatório mundial sobre violência e saúde. Organização Mundial da Saúde Genebra, 2002. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em https://opas.org.br/wp-content/uploads/2015/09/relatorio-mundial-violencia-saude-1.pdf


3.   Wanzinack C, Mélo TR. Homicídio de meninas e mulheres no Brasil de 2015 a 2019: território, gênero e raça em pauta. Rev lat-am Geo Gên. v. 12, n. 1, p. 186-206,  2021. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.12.i1.0007


4.   Wanzinack C, Cruz VA, Signorelli MC. Violência homicida e suicida de homens e mulheres no Estado do Paraná: análise retrospectiva entre 2014 e 2017. Rev lat-am Geo Gên. v. 11, n. 2, p. 168-187,  2020. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.11.i2.0008


5.   Mendonça CS., Machado DF., Almeida, MASD., & Castanheira, ERL. Violência na Atenção Primária em Saúde no Brasil: uma revisão integrativa da literatura. Ciênc. Saúde Colet, 25, 2247-2257, 2020. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232020256.19332018


6.   Andrade C, Teixeira G, França T, Rambo M, Trevisan M, Casaril E, et al. Violência interpessoal e autoprovocada: caracterização dos casos notificados em uma regional de saúde do Paraná. Cogitare Enferm. v. 25,  2020. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: http://dx.doi.org/10.5380/ce.v25i0.63758


7.   Ministério da Saúde (Brasil). Portaria, N. 104, de 25 de janeiro de 2011. Define as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde. Brasília. Ministério da Saúde. 2011. [acessado em 29 de outubro de 2021]. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br/legis.asp?te_codigo=19&as_codigo=126&origem=gt#:~:text=Portaria%20MS%2FGM%20104%20de,nacional%20e%20estabelece%20fluxo%2C%20crit%C3%A9rios%2C


8.   Ferreira AL, Gonçalves HS, Marques MJV, Moraes, SRS. A prevenção da violência contra a criança na experiência do Ambulatório de Atendimento à Família: entraves e possibilidades de atuação. Cienc. Saúde Colet. v. 4, p. 123-130, 1999. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/S1413-81231999000100010


9.   Datasus. Tecnologia da Informação a Serviço do SUS. [acessado em 29 de outubro de 2021]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/violebr.def


10.Silva MCM, Brito AM, Araújo AL, Abath MB. Caracterização dos casos de violência física, psicológica, sexual e negligências notificados em Recife, Pernambuco, 2012. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 22, n. 3, p. 403-412,  2013. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742013000300005


11.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísta. Sistema IBGE de Recuperação Automática - SIDRA. [acessado em 29 de outubro de 2021]. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br 


12.Meloni Vieira E, Silva Castro GP, Santos MA. Fatores associados à violência física por parceiro íntimo em usuárias de serviços de saúde. Rev Saúde Públ. v. 45, n. 4, ago. 2011. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102011005000034


13.Vieira LJES, Ferreira RC, Moreira GAR, Gondim APS, Araujo MAL, Silva, RM. Fatores associados à sobreposição de tipos de violência contra a mulher notificada em serviços sentinela Rev Latino-Am Enfermagem, v. 21, n. 4, p. 920-927,  2013. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/S0104-11692013000400013


14.Leite MTDS, Figueiredo MFS, Dias OV, Vieira MA, Souza LPS, Mendes DC. Ocorrência de violência contra a mulher nos diferentes ciclos de vida. Rev Latino-Am Enfermagem, v. 22, p. 85-92,  2014. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/0104-1169.3186.2388%20


15.Mata NT, Silveira LMBD, Deslandes SF. Família e negligência: uma análise do conceito de negligência na infância. Ciênc Saúde Colet, v. 22, p. 2881-2888,  2017. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232017229.13032017


16. Mata, N. T.. Negligência na Infância: Uma Reflexão sobre a (Des) proteção de Crianças e Famílias. O Social em Questão, 22(45), 223-237, 2019. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em https://www.redalyc.org/journal/5522/552264344010/552264344010.pdf


17.Guimarães MC, Pedroza RLS. Violência contra a mulher: problematizando definições teóricas, filosóficas e jurídicas. Psicol Soc. v. 27, p. 256-266,  2015. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/1807-03102015v27n2p256


18. Mascarenhas, M. D. M., Tomaz, G. R., Meneses, G. M. S. D., Rodrigues, M. T. P., Pereira, V. O. D. M., & Corassa, R. B. (2020). Análise das notificações de violência por parceiro íntimo contra mulheres, Brasil, 2011-2017. Revista Brasileira de epidemiologia, 23. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720200007.supl.1


19.Wanzinack C, Temoteo A, de Oliveira AL. Mortalidade por suicídio entre adolescentes/jovens brasileiros: um estudo com dados secundários entre os anos de 2011 a 2015. Divers@!, v. 10, n. 2, p. 106-117,  2017. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: http://dx.doi.org/10.5380/diver.v10i2.54974


20.Delziovo CR, Bolsoni CC, Nazário NO, Coelho EBS. Características dos casos de violência sexual contra mulheres adolescentes e adultas notificados pelos serviços públicos de saúde em Santa Catarina, Brasil. Cad Saúde Públ, v. 33, p. e00002716, 2017.  [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00002716


21. Santos, M. D. J., Mascarenhas, M. D. M., Rodrigues, M. T. P., & Monteiro, R. A. Caracterização da violência sexual contra crianças e adolescentes na escola-Brasil, 2010-2014. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 27, 2018. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742018000200010


22.Presidência da República (Brasil). Lei nº 12.845, de 1º de agosto de 2013. Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. [acessado em29 de outubro de 2021]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12845.htm. Brasília: Presidência da República, 2013


23.Day VP, Blank P. Violência doméstica e suas diferentes manifestações. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul, v. 25, p. 9-21,  2003. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/S0101-81082003000400003


24.Wanzinack C, Signorelli MC, Reis C. Homicides and socio-environmental determinants of health in Brazil: a systematic literature review. Cad Saúde Publ, v. 34, n. 12, p. e00012818, 11 2018. [acessado em 16 de dezembro de 2022]. Disponivel em doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00012818


 

Publicado
2023-03-22
Como Citar
1.
Silva EN, Marques GLWB, Wanzinack C. Perfil dos casos de violência interpessoal e/ou autoprovocada no Paraná entre 2015 e 2018. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 22mar.2023 [citado 18abr.2024];6(1):1-5. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/708
Seção
Artigos originais