Perfil de automedicação por acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior na pandemia da Covid-19

Palavras-chave: Automedicação, COVID-19, Medicamentos sem prescrição

Resumo

A automedicação é um problema recorrente de saúde pública devido ao uso indiscriminado de medicamentos. Este estudo analisou o perfil de automedicação por acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior na pandemia da Covid-19 com base em um questionário aplicado on-line. A maioria dos participantes era do gênero feminino, cursando Farmácia, no 10° semestre e já atuando como profissional de saúde. Destes, 36,9% foram diagnosticados com a doença pelo médico a partir de exames laboratoriais, e os principais sintomas relatados foram dor de cabeça (16%) e febre (13,7%). Os medicamentos mais utilizados, prescritos ou não por médicos, foram analgésicos e antitérmicos. A indicação de medicamentos foi realizada por outros profissionais de saúde, como o farmacêutico. Conclui-se que a automedicação se agravou durante a pandemia devido à procura por medicação para atenuar os sintomas da Covid-19 ou a falta de fármacos eficazes para o tratamento do novo coronavírus.

Biografia do Autor

Aldalene Rocha Pereira, Universidade da Amazônia

Farmacêutica. Graduação. Universidade da Amazônia, Santarém, Pará, Brasil

Adriane Siqueira Silva, Universidade da Amazônia

Farmacêutica. Graduação. Universidade da Amazônia, Santarém, Pará, Brasil

Erika Marcília Silva Xavier, Universidade da Amazônia

Farmacêutica. Graduação. Universidade da Amazônia, Santarém, Pará, Brasil

Paulo Sérgio Ferreira Lima, Universidade da Amazônia

Farmacêutico. Mestre em Biociências. Universidade da Amazônia, Santarém, Pará, Brasil

Edilene Gadelha Oliveira, Universidade da Amazônia

Farmacêutica. Doutora em Ciências Farmacêuticas. Universidade da Amazônia, Santarém, Pará, Brasil

Referências

1. Abrahao RC, Godoy JA, Halpern R. Automedicação e comportamento entre adolescentes em uma cidade do Rio Grande do Sul. Aletheia. 2013 Ago; 41: 134-53. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942013000200011

2. Matos, RC de. Fake News frente a pandemia de COVID-19. Vigil Sanit Debate. 2020; 8(3):78-85, 2020 Ago; Disponível em: https://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/index.php/visaemdebate/article/view/1595

3. Ferreira LLG, Andricopulo AD. Medicamentos e tratamentos para a Covid-19. Estud. av. 2020 Dez; 34(100):7-27. doi: https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2020.34100.002

4. Conselho Regional de Farmácia do Estado de Minas Gerais (CRFMG). O perigo por trás da automedicação com antigripais [internet]. São Paulo, 2016 [citado em 2023 Jan 12]. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/o-perigo-por-tr%C3%A1s-da2016%20automedica%C3%A7%C3%A3o-com-antigripais-1.402004

5. Zamuner, A. Prefeitura do Município de Tietê Secretaria Municipal de Saúde Vigilância Sanitária e Epidemiológica. Cuidado com os medicamentos [internet]. 2016; [citado em 2023 Jan 10]. Disponível em: https://www.tiete.sp.gov.br/secretaria.php?idSec=13

6. Ministério da Saúde (Brasil). Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz. Orientações sobre ética em pesquisa em ambientes virtuais [internet]. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca ENSP/Fiocruz, 2020.12 p. [citado em 2023 Jan 10] Disponível em: https://cep.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/
orientacoes_eticapesquisaambientevirtual.pdf


7. Faleiros F, Käppler C, Pontes FAR, Silva SSC, Goes FSN, Cucik CD. Uso de questionário online e divulgação virtual como estratégia de coleta de dados em estudos científicos. Texto Contexto – Enferm. 2016; 25(4): e3880014:1-6. doi: https://doi.org/10.1590/0104-07072016003880014  

8. Loyola Filho AI de, Uchoa E, Guerra HL, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Prevalência e fatores associados à automedicação: resultados do projeto Bambuí. Rev Saúde Pública, 2002: 36(1):55-62. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-89102002000100009

9. Filler LN, Abreu EB de, Silva CB da, Silva DF da, Montiel JM. Caracterização de uma amostra de jovens e adultos em relação à prática de automedicação. Psicol. Saúde Debate. 2020; 6(2): 415-29. doi: https://doi.org/10.22289/2446-922X.V6N2A27

10. Chehuen Neto JA, Sirimarco MT, Choi CMK, Barreto AU, Souza JB. Automedicação entre Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora. HU Rev [internet]. 2007 [citado 2023 Jan 12]; 32 (3): 59-64. Disponível em:  https://periodicos.ufjf.br/index.php/hurevista/article/view/18

11. Aquino DS, Barros JAC, Silva MDP. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciênc Saúde Colet. Rio de Janeiro, 2010; 15(5): 2533-38. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/kB6LHkhwPXqbz7QtmHJHQvz/abstract/?lang=pt

12. Souza MNC et al. Ocorrência de Automedicação na população brasileira como estratégia preventiva para SARS-CoV-2. Res Society Devel. 10(1):  e44510111933, 1-9. doi: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11933

13. Arrais, PSD et al. Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Rev Saúde Pública. 2016; 50(sup. 2): 1-11S. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006117

14. Onchonga D, Omwoyo J, Nyamamba D. Assessing the prevalence of self-medication among healthcare workers before and during the SARS-CoV-2 (COVID-19) pandemic in Kenya. Saudi Pharm J. 2019; 28(10): 1149-54. doi: https://doi.org/10.1016/j.jsps.2020.08.003

15. Pan American Health Organization (PAHO). Ongoing living update of COVID-19 therapeutic options: Summary of evidence [internet]. [citado em 2023 Jan 11] Disponível em:  https://iris.paho.org/handle/10665.2/52719

16. Menezes CR, Sanches C, Chequer, FMD. Efetividade e toxicidade da cloroquina e da hidroxicloroquina associada (ou não) à azitromicina para tratamento da COVID-19. O que sabemos até o momento? Rev Saúde Ciênc Biol. 2020; 8(1): 1-9. doi: http://dx.doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v8i1.3206.p1-9.2020

17. Barros CM et al. COVID-19 Pandemic - A Narrative Review of the Potential Roles of Chloroquine and Hydroxychloroquine. Pain Phsysician 2020; 23(4S): S351-66. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32942793/

18. Lessa M de A, Bochner R. Análise das internações hospitalares de crianças menores de um ano relacionadas a intoxicação e efeitos adversos de medicamentos no Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2008; 11(4): 660–74. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-790X2008000400013  

19. Guimarães AS, Carvalho WRG. Desinformação, negacionismo e automedicação: a relação da população com as drogas “milagrosas” em meio à pandemia da COVID-19. 2020; InterAm J Med Health. 3(10):1- 4. doi: https://doi.org/10.31005/iajmh.v3i0.147

20. Tomasini AA, Ferraes AMB, Santos JS dos. Prevalência e fatores da automedicação entre estudantes universitários no Norte do Paraná. Biosaúde. Londrina 2015; 17(1): 1-12. Disponível em: https://www.semanticscholar.org/paper/Preval%C3%AAncia-e-fatores-da-
automedica%C3%A7%C3%A3o-entre-no-do-Tomasini-Ferraes/646f6df98c0c568f0906f2f4428bc8f844585218

Publicado
2023-03-24
Como Citar
1.
Pereira AR, Silva AS, Xavier EMS, Lima PSF, Oliveira EG. Perfil de automedicação por acadêmicos de uma Instituição de Ensino Superior na pandemia da Covid-19. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 24mar.2023 [citado 13nov.2024];6(1):1-1. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/790
Seção
Artigos originais