Curitiba, se há menos mulheres que homens pedalando: é necessário repensar a infraestrutura

Palavras-chave: Política de Saúde, Ciclismo, Promoção da Saúde

Resumo

A capital paranaense evidencia menos mulheres adultas utilizando a bicicleta no lazer e para o transporte quando comparadas aos homens. O presente estudo visa identificar o perfil dos ciclistas adultos curitibanos, para ampliar o conhecimento das diferenças de gênero no ciclismo. Secundariamente, explora sobreposições nos padrões do ciclismo recreativo e de transporte, para distinguir os contrastes nos diferentes propósitos do uso da bicicleta. Mediante um estudo transversal foi avaliado o perfil sociodemográfico e comportamental de 1008 adultos (≥ 18 anos) de ambos os sexos, residentes na cidade de Curitiba, em relação ao uso da bicicleta para o lazer e o transporte. As mulheres, no ano de 2021, utilizaram a bicicleta com menor frequência quando comparadas aos homens, principalmente as mulheres com menor idade, menor escolaridade e residindo longe de locais com infraestrutura adequadas para a prática de atividade física. Espera-se que a massificação do ciclismo seguro e confortável na cidade de Curitiba, incentive mais mulheres a adotarem estilos de vida ativo.

Biografia do Autor

Dartel Ferrari Lima, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Educação Matemática na Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Doutorado em Medicina Preventiva. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná.

Dayane Cristina Souza, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Educadora Física. Doutora em Educação Física e Saúde . Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná.

Daiana Machado, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Educadora Física e Pedagoga. Doutora em Educação. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Marechal Cândido Rondon, Paraná.

Adelar Aparecido Sampaio, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Educador Físico. Doutor em Educação. Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Corumbá, Mato Grosso do Sul.

Referências

1. World Health Organization. WHO guidelines on physical activity and sedentary behavior. Geneva, World Health Organization, 2020. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240015128
2. Lima DF, Lima LA, Santos, D, Souza, DC. El fomento del ciclismo urbano como medida preventiva del sedentarismo. Lecturas: Educación Física Y Deportes. 2019;28(299):137-154. doi. https://doi.org/10.46642/efd.v28i299.3896
3. Lima, DF, Silva MP, Lima LA, Jínior APS, Jínior OM, Piovani VGS. Associação da atividade física de lazer e do deslocamento ocupacional com a caminhada e o ciclismo: um estudo transversal com brasileiros adultos Rev. Aten. Saúde. 2019;17(62):40-51. doi: https://doi.org/10.13037/ras.vol17n62.5923
4. Lima DF, Lima LA, Silva MP. Tendências temporais dos tipos principais de exercício físico e esporte praticados no lazer na cidade de Curitiba, Brasil: 2006-2014. R. bras. Ci. e Mov. 2017;25(3):98-105. Disponível em: file:///C:/Users/user/Downloads/7629-Texto%20do%20artigo-39503-1-10-20171104%20(1).pdf
5. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis.Vigitel Brasil 2021: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2021 / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.
6. Silva, MP et al. Time trends of physical inactivity in Brazilian adults from 2009 to 2017. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 67, n. 5, p. 681-689, 2021. doi: https://doi.org/10.1590/1806-9282.20201077. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ramb/a/RNGG4WNZYRWRv7nyqy3xTbq/?lang=en#
7. Pop LM, Iorga M, Șipoș LR, Iurcov R. Gender Differences in Healthy Lifestyle, Body Consciousness, and the Use of Social Networks among Medical Students. Medicina (Kaunas). 2021; 57(7):648. doi: https://doi.org/10.3390/medicina57070648
8. Heesch KC, Sahlqvist S, Garrard J. Gender differences in recreational and transport cycling: a cross-sectional mixed-methods comparison of cycling patterns, motivators, and constraints. Int J Behav Nutr Phys Act. 2012; 8;9:106. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-106
9. Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento – ITDP Brasil. Contagem de ciclistas nos principais acessos ao centro do Rio de Janeiro. Disponível em: https://itdpbrasil.org/wp-content/uploads/2022/05/Contagem-de-ciclistas-nos-principais-acessos-ao-Centro-do-Rio-de-Janeiro.pdf
10. Owen N, De De Bourdeaudhuij I, Sugiyama T, Leslie E, Cerin E, et al. Bicycle use for transport in an Australian and a Belgian city: associations with built-environment attributes. J Urban Health. 2010;87(2):189-198. doi: https://doi.org/10.1007/s11524-009-9424-x
11. Fishman E, Böcker L, Helbich M. Adult active transport in the Netherlands: an analysis of its contribution to physical activity requirements. PLoS One. 2015;7;10(4):e0121871. doi: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0121871
12. Kumar N, Tiwari VK, Kumar K, Nair KS, Raj S, Nandan D. Evolving social health scheme for workers in unorganized sector: key evidences from study of cycle rickshaw pullers in Delhi, India. Int J Health Plann Manage. 2015;30(4):366-81. doi: https://doi.org/10.1002/hpm.2244
13. Ichikawa M, Nakahara S. Japanese high school students' usage of mobile phones while cycling. Traffic Inj Prev. 2008;9(1):42-7. doi: https://doi.org/10.1080/15389580701718389
14. Heesch KC, Sahlqvist S, Garrard J. Gender differences in recreational and transport cycling: a cross-sectional mixed-methods comparison of cycling patterns, motivators, and constraints. Int J Behav Nutr Phys Act. 2012; 8;9:106. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-106
15. Ma C, Yang D, Zhou J, Feng Z, Yuan Q. Risk Riding Behaviors of Urban E-Bikes: A Literature Review. Int J Environ Res Public Health. 2019;28;16(13):2308. doi: https://doi.org/10.3390/ijerph16132308
16. Impellizzeri FM, Rampinini E, Sassi A, Mognoni P, Marcora S. Physiological correlates to off-road cycling performance. J Sports Sci. 2005;23(1):41-7. doi: https://doi.org/0.1080/02640410410001730061
17. Heesch KC, Sahlqvist S, Garrard J. Gender differences in recreational and transport cycling: a cross-sectional mixed-methods comparison of cycling patterns, motivators, and constraints. Int J Behav Nutr Phys Act. 2012;8;9:106. doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-106
18. Erol A, Winham SJ, McElroy SL, Frye MA, Prieto ML, et al.Sex differences in the risk of rapid cycling and other indicators of adverse illness course in patients with bipolar I and II disorder. Bipolar Disord. 2015;17(6):670-6. doi: https://doi.org/10.1111/bdi.12329
19. Heesch KC, Sahlqvist S. Key influences on motivations for utility cycling (cycling for transport to and from places). Health Promot J Austr. 2013;24(3):227-33. doi: https://doi.org/10.1071/HE13062
20. Wegman F, Zhang F, Dijkstra A. How to make more cycling good for road safety? Accid Anal Prev. 2012;44(1):19-29. doi: https://doi.org/10.1016/j.aap.2010.11.010
Publicado
2024-03-13
Como Citar
1.
Lima DF, Souza DC, Machado D, Sampaio AA. Curitiba, se há menos mulheres que homens pedalando: é necessário repensar a infraestrutura. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 13mar.2024 [citado 3jul.2024];7(1):1-7. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/886
Seção
Artigos originais