Tendência do estado nutricional de gestantes na atenção básica no período de 2010 a 2021

Palavras-chave: Inquéritos Epidemiológicos, Gestantes, Nutrição Materna, Sistemas de Informação em Saúde, Vigilância Alimentar e Nutricional

Resumo

Objetivou-se analisar a tendência do estado nutricional de gestantes avaliadas no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional e no Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família no período de 2010 a 2021. Trata-se de um estudo ecológico de série temporal sobre o estado nutricional das gestantes de Guarapuava-PR, do estado, da Região Sul e do Brasil. A tendência temporal das prevalências do estado nutricional foi avaliada por meio da regressão linear generalizada de Prais-Winsten. Em Guarapuava, a tendência de obesidade foi crescente (25,12%). Houve decréscimo da taxa de baixo e aumento anual de 1,93% e 9,30% nas taxas de sobrepeso e obesidade no estado, 1,44% e 8,52% na Região Sul e 2,25% e 8,18% no Brasil, respectivamente. Entre as gestantes beneficiárias do Programa Bolsa Família em Guarapuava, observou-se crescimento da obesidade (25,48%). Os resultados apontam tendência decrescente e estacionária para baixo peso e adequação, e tendência crescente para sobrepeso e obesidade.

Biografia do Autor

Sandryele Mayara Recofka, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Nutricionista. Graduação em Nutrição. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná

Daniele Gonçalves Vieira, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Nutricionista. Doutora em Química. Professora colaborada do Departamento de Nutrição da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO), Guarapuava, Paraná

Emanueli Dalla Vecchia Campos Bortolanza, Secretaria Municipal de Saúde de Guarapuava

Nutricionista. Especialista em Atenção Primária com Ênfase em Saúde da Família. Secretaria Municipal de Saúde, Guarapuava, Paraná

Angelica Rocha Freitas Melhem, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Nutricionista. Doutora em Gastroenterologia. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná

Paula Chuproski Saldan, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Nutricionista. Doutora em Ciências. Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná

Referências

1. Ministério da Saúde (Brasil). Vigilância Alimentar e Nutricional - SISVAN: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf

2. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Orientações para coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: Norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf

3. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Marco de referência da vigilância alimentar e nutricional na atenção básica [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2015. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/marco_referencia_vigilancia_alimentar.pdf

4. Nascimento FA, Silva SA, Jaime PC. Cobertura da avaliação do estado nutricional no Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional brasileiro: 2008 a 2013. Cad. Saúde Pública 2017; 33(12):e00161516. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00161516

5. Ministério da Saúde (Brasil). Guia para a organização da Vigilância Alimentar e Nutricional na Atenção Primária à Saúde [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_organizacao_vigilancia_alimentar_nutricional.pdf

6. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf

7. Kac G, Carrilho TRB, Rasmussen KM, Reichenheim ME, Farias DR, Hutcheon JA, et al. Gestational weight gain charts: results from the Brazilian Maternal and Child Nutrition Consortium. Am J Clin Nutr. 2021; 113(5):1351-1360. doi: https://doi.org/10.1093/ajcn/nqaa402

8. Silva DC. Vigilância alimentar e nutricional de gestantes usuárias da atenção básica em saúde do município de Limoeiro-PE [monografia] [internet]. Vitória de Santo Antão: Universidade Federal de Pernambuco; 2015. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30146/1/SILVA%2c%20Dulcelene%20Cosme%20da.pdf

9. Barbosa GSS, Aguiar LP, Holanda RL. Classificação nutricional das gestantes segundo o sistema de informação de vigilância alimentar e nutricional (SISVAN) de Brejo Santo-CE. Revista Interdisciplinar [internet] 2017; 10(2):40-46. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://uninovafapi.homologacao.emnuvens.com.br/revinter/article/view/988

10. Kaminishi LPS. Perfil nutricional de gestantes cadastradas no SISVAN, no Brasil, entre os anos de 2008 e 2018 [monografia] [internet]. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia; 2019. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/27503/4/PerfilNutricionalGestantes.pdf

11. Garbin AJI, Custodio LBM, Moimaz SAS, Garbin CAS. Obesidade gestacional: monitoramento espacial no estado de São Paulo. Revista Saúde e Desenvolvimento Humano 2020; 8(2):73-81. doi: http://dx.doi.org/10.18316/sdh.v8i2.6665

12. Pires CC, Carvalho MF, Lima FF, Monteiro LS, Sperandio N, Pereira S, et al. Evolução do excesso de peso em gestantes usuárias da Atenção Primária à Saúde do município de Macaé-RJ entre 2010-2018. DEMETRA 2020; 15:e48033. doi: https://doi.org/10.12957/demetra.2020.48033

13. Demétrio F, Teles CAS, Santos DB, Pereira M. Food insecurity in pregnant women is associated with social determinants and nutritional outcomes: a systematic review and meta-analysis. Ciênc. saúde coletiva 2020; 25(7):2663-2676. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232020257.24202018

14. Antunes JLF, Cardoso MRA. Uso da análise de séries temporais em estudos epidemiológicos. Epidemiol. Serv. Saúde 2015; 24(3):565-576. doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742015000300024

15. Cunha AP, Cruz MM, Torres RMC. Tendência da mortalidade por AIDS segundo características sociodemográficas no Rio Grande do Sul e Porto Alegre: 2000-2011. Epidemiol. Serv. Saúde 2016; 25(3):477-486. doi: https://doi.org/10.5123/S1679-49742016000300004

16. Atty ATM, Guimarães RM, Andrade CLT. Tendência temporal da mortalidade por câncer de boca e da cobertura de atenção primária no estado do Rio de Janeiro. Rev. Bras. Cancerol. 2022; 68(3):e-042082. doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n3.2082

17. Aprelini CMO, Reis EC, Enríquez-Martinez OG, Jesus TR, Molina MCB. Tendência da prevalência do sobrepeso e obesidade no Espírito Santo: estudo ecológico, 2009-2018. Epidemiol. Serv. Saúde 2021; 30(3):e2020961. doi: https://doi.org/10.1590/S1679-49742021000300017

18. Conselho Nacional de Saúde (Brasil). Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Dispõe sobre as normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais cujos procedimentos metodológicos envolvam a utilização de dados diretamente obtidos com os participantes ou de informações identificáveis ou que possam acarretar riscos maiores do que os existentes na vida cotidiana [Internet]. Diário Oficial da União. 2016 maio 25. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2016/Reso510.pdf

19. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Promoção da Saúde. Situação alimentar e nutricional de gestantes na Atenção Primária à Saúde no Brasil [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2022. [citado em 2023 dez 07]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/situacao_alimentar_nutricional_gestantes_atencao.pdf

20. Garcia LP, Traebert JL. Impacto da autocorrelação na análise temporal dos coeficientes de mortalidades pelo HIV no Brasil. Rev. bras. epidemiol. 2018; 21:e180020. doi: https://doi.org/10.1590/1980-549720180020

21. Júnior AES, Macena ML, Vasconcelos LGL, Almeida NB, Praxedes DRS, Pureza IROM, et al. Tendência do estado nutricional de gestantes adolescentes beneficiárias do programa de transferência condicionada de renda brasileiro Bolsa Família no período 2008-2018. Ciênc. Saúde Colet. 2021; 26(7):2613-2624. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232021267.08172021

22. Graciliano NG, Silveira JAC, Oliveira ACM. Consumo de alimentos ultraprocessados reduz a qualidade global da dieta de gestantes. Cad. Saúde Pública 2021; 37(2):e00030120. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00030120

23. Pereira MT, Cattafesta M, Neto ETS, Salaroli LB. Maternal and sociodemographic factors influence the consumption of ultraprocessed and minimally-processed foods in pregnant women. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2020; 42(7):380-389. doi: https://doi.org/10.1055/s-0040-1712996

24. Pires IG, Gonçalves DR. Consumo alimentar e ganho de peso de gestantes assistidas em unidades básicas de saúde. Brazilian Journal of Health Review 2021; 4(1):128-146. doi: https://doi.org/10.34119/bjhrv4n1-013
Publicado
2024-06-07
Como Citar
1.
Recofka SM, Vieira DG, Bortolanza EDVC, Melhem ARF, Saldan PC. Tendência do estado nutricional de gestantes na atenção básica no período de 2010 a 2021. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 7jun.2024 [citado 3jul.2024];7(2):1-6. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/918
Seção
Artigos originais