Acompanhamento terapêutico na saúde mental: percepções de trabalhadores de um CAPS II
Resumo
A atual Rede de Atenção Psicossocial, principal política de atenção à Saúde Mental de nosso país, preconiza ações de reabilitação psicossocial pautadas na reinserção social das pessoas em sofrimento mental, destacando a importância das práticas territoriais e de articulação entre serviços de saúde, assistência social, cultura, lazer, entre outros. O acompanhamento terapêutico traduz-se como uma prática profissional que visa o desenvolvimento de ações territoriais fornecendo suporte próximo à pessoa em sofrimento psíquico, aumentando, assim, a possibilidade de efetividade das propostas terapêuticas no tocante à reinserção social. Buscou-se com este estudo analisar o entendimento de profissionais de um Centro de Atenção Psicossocial da região metropolitana de Curitiba sobre a prática do acompanhamento terapêutico e sua inserção nas devidas rotinas de trabalho. A fim de atingirem-se os objetivos propostos, foi utilizada a metodologia de pesquisa qualitativa de cunho exploratório-descritiva. Evidenciou-se com este estudo que há fragilidade conceitual e de aplicabilidade prática do acompanhamento terapêutico, com destaque à necessidade de multiplicarem-se as ações de Educação Permanente em Saúde, possibilitando momentos de trocas entre os membros das equipes de saúde e formações que deem suporte para transformações nas práticas profissionais. Assim, considera-se de suma relevância a realização de mais pesquisas e divulgações científicas que abordem a temática supracitada.
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