Estudo revela incidência de sífilis em gestantes nas Regionais de Saúde do Paraná

Palavras-chave: Sífilis, Gestantes, Saúde pública, Cuidado pré-natal, Infecções sexualmente transmissíveis

Resumo

Objetivou-se caracterizar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional no estado do Paraná. Estudo observacional, com desenho ecológico, retrospectivo e com abordagem quantitativa com todas as notificações no período de 2017 a 2022 utilizando dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Neste período foram notificados 18.296 casos de sífilis gestacional no Paraná. A regional de saúde com maior taxa de notificação foi a 7ª RS Pato Branco 212,9 casos/1000 nascidos vivos. O perfil epidemiológico das gestantes infectadas, destacou aquelas com ensino médio completo (24,38%), brancas (65,94%), com idade entre 20 e 39 anos (76,45%) e classificação clínica de sífilis latente (42,4%). A sífilis apesar de ser facilmente tratada e evitada, está apresentando relevância epidemiológica no Brasil e faz-se importante a implementação de políticas públicas eficazes a fim de prevenir ou minimizar os agravos da doença.

Biografia do Autor

Mariana Feldberg Silvestro, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Nutricionista e mestranda em Ciências Aplicadas à Saúde, ambas pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão. Atuou como bolsista na graduação, no projeto “Rotulagem e Informação Nutricional” e como bolsista técnica recém-formada no Programa Universidade Sem Fronteiras, intitulado “Promoção da saúde de pessoas privadas de liberdade, seus familiares, policiais penais e agentes administrativos da 7 Regional do DEPEN-PR”, ambos desenvolvidos na UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão – PR.

Marlon Jaime Godoi Meurer, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Especialista em Fisioterapia Esportiva pelo COFFITO (2021) e sócio SONAFE (2021). Pós-graduação em Terapia Manual e Postural Aplicada a Ortopedia e Traumatologia pela Faculdade IBRATE (2019). Graduação em Fisioterapia pela União de Ensino do Sudoeste do Paraná – UNISEP (2017). Membro da Diretoria Regional do Paraná da SONAFE (2024-2025). Fisioterapia do SEST SENAT Pato Branco.

Nilton Castro Pillar, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal de Santa Maria (1987). Atualmente ocupando o cargo de Cirurgião-Dentista na Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão – PR. Possui experiência na área de Odontologia, com ênfase em atendimento a pacientes com necessidades especiais. Pós-graduação Lato Sensu em Saúde Pública – Área de conhecimento saúde e bem-estar social pela Universidade Pitágoras UNOPAR (2017). Mestrando no Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde na Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Francisco Beltrão – PR.

Claudicéia Risso Pascotto, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Doutora em Ciências Biológicas, área de concentração: Biologia Celular pela Universidade Estadual de Maringá (2005), mestre em Ciências Biológicas, área de concentração: Biologia Celular pela Universidade Estadual de Maringá (2002). Atualmente é professora adjunto a da Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Tem experiência na área de Genética, atuou na área de citogenética vegetal e atualmente atua na área de Genética Humana e Médica.

Franciele Aní Caovilla Follador, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Possui graduação em Ciências-Química pela Faculdades reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas (1999), mestrado em Engenharia Agrícola (2005) e doutorado em Engenharia Agrícola – Recursos hídricos e saneamento ambiental (2010), ambos pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Atualmente é professora associada da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, dos cursos de Medicina e Nutrição, Programa de Residência médica em Cirurgia Geral e Clínica Médica e do Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde (Mestrado). Foi diretora do Centro de Ciências da Saúde (2015-2023) e Coordenadora Especial do curso de Medicina (2013-2015). Atualmente exerce o cargo de Coordenação Pedagógica de Hospitais da Unioeste e está desenvolvendo pesquisa e extensão nas áreas de biotecnologia, saúde, ambiente e segurança alimentar. Faz parte da equipe de pesquisadores do Instituto de Pesquisa para o Câncer (Ipec) – Rede Genômica do Paraná – NAPI Genômica, do NAPI Sudoeste, dos grupos de pesquisa GESC, GEPSA, Planambg e GPBSA. Membro do Comitê de bacia hidrográfica do Baixo Iguaçú.

Lirane Elize Defante Ferreto, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Professora associada da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) campus de Francisco Beltrão. Ministra aulas de Saúde Coletiva para o curso de Medicina, é docente do Programa de Pós-graduação em Ciências Aplicadas à Saúde, docente do Programa de Pós-graduação Lato-sensu Residência Médica em Cirurgia Geral na disciplina de metodologia da pesquisa. Doutora em Saúde Coletiva pela Universidade de Campinas (2011). Mestre em Ciências Aplicadas à Saúde pela Universidade Vale dos Sinos (2005). Tem experiência na área de saúde coletiva, com ênfase em epidemiologia. Atua principalmente nos seguintes temas: populações vulneráveis, doenças infecciosas (HIV, hepatite B e C e Sífilis), e policiais penais (condições de trabalho, saúde ocupacional/tuberculose). Coordenadora do LaBS – Laboratório de Biociências e Saúde (2016). É membro do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Unioeste, Membro do Conselho Universitário da Unioeste. Membro do Comitê avaliador da Fundação Araucária, representante da Unioeste junto ao comitê da pessoa idosa da SETI. É membro do IPEC (Instituto para Pesquisa do Câncer de Guarapuava) e da rede NAPI – Genômica.

Referências

1. Arruda LR de, Ramos AR dos S. Importância do diagnóstico laboratorial para a sífilis congênita no pré-natal. J Manag Prim Health Care [Internet]. 2020 Abr.12:1-18. Disponível em: https://doi.org/10.14295/jmphc.v12.511
2. Andrade ALMB, Magalhães PVVS, Moraes MM, Tresoldi AT, Pereira RM. Diagnóstico tardio de sífilis congênita: uma realidade na atenção à saúde da mulher e da criança no Brasil. Rev Paul Pediatr. [Internet]. 2018. 36 (3): 376-381. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-0462/;2018;36;3;00011
3. Moreira KFA, Oliveira DM, Alencar LN, Cavalcante DFB, Pinheiro AS, Orfão NH. Perfil dos casos notificados de sífilis congênita. Cogit. Enferm. [Internet]. Abr. 2017 [acesso em 2024 Abr] v. 22, n. 2. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-859854
4. Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília: MS; 2020. [acesso em 2024 Abr]. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/central-de-conteudo/pcdts/2022/ist/pcdt-ist-2022_isbn-1.pdf/view
5. Domingues RMSM, Hartz ZMA, Leal MC. Avaliação das ações de controle da sífilis e do HIV na assistência pré-natal da rede pública do município do Rio de Janeiro, Brasil. Rev Bras Saúde Mater Infant. [Internet]. 2012; 12 (3): 269-280. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1519-38292012000300007
6. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim epidemiológico de Sífilis [Internet]. [atualizada em 2022 Mai. 30; acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.gov.br/aids/pt-br/assuntos/noticias/2022/maio/brasil-avanca-no-enfrentamento-a-sifilis
7. World Health Organization. Sexually transmitted infections. [Internet] Geneva: WHO; 2024 Mai. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/sexually-transmitted-infections-(stis)?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwo6GyBhBwEiwAzQTmc2W600-hfPqFXuUh1JZEZwxL9qg2pQcMq8JGH8GPEl2ly6CfK25IhRoClXEQAvD_BwE
8. Brasil. Ministério da Saúde. DATASUS. Doenças e Agravos de Notificação - 2017 em diante (SINAN) [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde. 2024. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/doencas-e-agravos-de-notificacao-de-2007-em-diante-sinan/.
9. Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). População [internet] 2022. [acesso em 2024 Mai]. Rio de Janeiro. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/panorama
10. Saraceni V, Pereira GFM, Silveira MF, Araujo MAL, Miranda AE. Vigilância epidemiológica da transmissão vertical da sífilis: dados de seis unidades federativas no Brasil. Rev Panam Salud Publica. [Internet]. 2017. [acesso em 2024 Mai]; 41-44. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/v41/1020-4989-RPSP-41-e44.pdf
11. Brasil. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e Gravidez na Adolescência. [Internet] 2022. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.tjes.jus.br/wp-content/uploads/plano-nacional_camp_gov_fed.pdf
12. BRASIL. Lei nº 12.015, de 07 de agosto de 2009. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l12015.htm
13. Signor M, Spagnolo LML, Tomberg JO, Gobatto M, Stofel NS. Distribuição espacial e caracterização de casos de sífilis congênita. Rev enferm UFPE on line. 2018 fev. 12 (2): 398-406. Disponível em: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i2a230522p398-406-2018
14. Monteiro PS, Evangelista FF. Sífilis gestacional e congênita no estado do Paraná de 2017 a 2021: estudo transversal. Saud Pesq. 2023. 16 (4), 1-15. Disponível em: https://doi.org/10.17765/2176-9206.2023v16n4.e11264

15. Prefeitura Municipal de Curitiba. História-Imigração [Internet]. Curitiba. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.curitiba.pr.gov.br/conteudo/historia-imigracao/208

16. Secretaria de Comunicação Social. Agência de Notícias. Censo 2022: pela primeira vez, desde 1991, a maior parte da população do Brasil se declara parda. 2023. [atualizado em 2023 dez. 26; acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/38719-censo-2022-pela-primeira-vez-desde-1991-a-maior-parte-da-populacao-do-brasil-se-declara-parda

17. Filho RCS, Moreira IC, Moreira LD, Abadia LG, Machado MT, Nascimento MG, et al. Situação clínico-epidemiológica da sífilis gestacional em Anápolis-GO: uma análise retrospectiva. Cogit. Enferm. 2021, 26. Disponível em: https://doi.org/10.5380/ce.v26i0.75035

18. Maschio-Lima T, Machado ILL, Siqueira JPZ, Almeida MTG. Perfil Epidemiológico de pacientes com sífilis congênita e gestacional em um município do estado de São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant. 2019 Out.- Dez. 19 (4). Disponível em: https://doi.org/10.1590/1806-93042019000400007

19. Brasil. Ministério da Saúde. Manual técnico para o diagnóstico da sífilis [internet]. Brasília: Ministério da Saúde, 2021. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sifilis/publicacoes/manual-tecnico-para-o-diagnostico-da-sifilis.pdf

20. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Sífilis. 2023. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://www.saude.mg.gov.br/sifilis

21. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção primária à saúde (SAPS). Informação e gestão da atenção básica. [acesso em 2024 Mai]. Disponível em: https://egestorab.saude.gov.br/paginas/acessoPublico/relatorios/relHistoricoCoberturaAB.xhtml
Publicado
2024-12-18
Como Citar
1.
Silvestro MF, Meurer MJG, Pillar NC, Pascotto CR, Follador FAC, Ferreto LED. Estudo revela incidência de sífilis em gestantes nas Regionais de Saúde do Paraná. Revista de Saúde Pública do Paraná [Internet]. 18dez.2024 [citado 30dez.2024];7(4):e984. Available from: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/984
Seção
Artigos originais